Sistemas políticos enfatizam, como exemplo, desde a Roma Antiga, ao meados do fim do século XVIII, a incorporação do sentido de liberdade na posição social do individuo. Iniciado na
Roma antiga, como tradição de pensamento politico, o
Republicanismo na concepção de Estado entende-se por ser um promotor de uma politica do bem comum, e, o Liberalismo neutro em relação de valores. Pode-se dizer que esses dois setores dividem-se, de acordo com
Kant, em liberdade prática negativa que seria a propriedade da vontade determinar-se independente de causas estranhas, e, liberdade prática positiva a
‘’a propriedade da vontade ser lei para si mesma’’, a liberdade como autonomia, a que quer moralidade. No sentido de direito, Kant engloba a liberdade na esfera de liberdade negativa, utilizando o termo
‘’liberdade do arbítrio’’ para a liberdade prática negativa e mantem o sentido de autonomia para a liberdade no sentido positivo; relacionando assim o prisma de conceitos de liberdade presentes no
Liberalismo e no Republicanismo.
Nas relações entre sociedade e individuo, no Republicanismo a comunidade é anterior ao indivíduo, e este é sempre determinado, resultado de um processo de socialização, concepção concreta de indivíduo. Na mesma relação o Liberalismo tem o indivíduo como anterior a comunidade, logo, pode escolher livremente entre os fins dados socialmente, este não sendo, portanto, determinado por um modo essencial, por uma particularidade concreta, sendo concepção abstrata de indivíduo.
A concepção de
liberdade presente no republicanismo pode ser entendida como liberdade positiva, esta incorpora o indivíduo enquanto de alguma forma participa das decisões que afetam a sua vida, ou seja, liberdade como auto governo. A liberdade apresenta-se como resultado de um processo de formação, nesta os homens tornam-se livres, a comunidade torna-se uma condição para
liberdade individual. O
Liberalismo trata a liberdade no âmbito da liberdade negativa, o indivíduo é livre no silêncio da lei, dentre os espaços que existem entre as leis o ser encontra a sua liberdade, uma liberdade como ausência de restrições, não sendo necessário participar das decisões coletivas para ser livre , pois se este tem seu espaço privado garantido contra ingerências arbitrárias da coletividade, sua liberdade é por si garantida.
Esta liberdade é entendida como natural, pois os homens nascem livres, a comunidade, no entanto, é uma restrição à liberdade individual.
Segundo
Hobbes, a liberdade compreende-se pela ausência de constrangimento, de oposição, situando esta não mais nas mãos da igreja (como a muito determinava a liberdade dos indivíduos), mas a situa no
Estado, pois é neste que encontramos um determinismo político, ocorrendo a submissão da vontade dos cidadãos à do soberano. Portanto, a
liberdade absoluta não existe, sempre será liberdade em relação a algo, mas a liberdade não e algo a ser conquistado, como um valor humano, histórico, reduz-se à ao silêncio da lei, ou ao que é prescrevido como liberdade pela lei, Esta acima de tudo, deve ser compreendida como uma capacidade interna, um comprometimento e uma responsabilidade inalienável do
indivíduo social para consigo mesmo.
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